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Como identificar um comportamento suicida

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Como identificar um comportamento suicida

De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde – OPAS/OMS, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo esta a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. O setembro amarelo é organizado pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM. A campanha ocorre todo o ano, mas o dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Em entrevista com o psiquiatra Doutor Haroldo Veloso Freire (CREMEB 14970), quanto a importância da campanha de prevenção ao suicídio, é explicado que a palavra prevenir significa “chegar antes”, antecipar, é o ato de intervir antes que um acontecimento tenha um desfecho ruim. “As campanhas informam, orientam, alertam, promovem meios de enfrentamento e solução. É conhecido o fenômeno de suicídios em sequência, por exemplo, dentro de uma comunidade ou grupo. A intervenção precoce ou prevenção neste caso, evita que ocorram esses casos em sequência” afirma Dr. Haroldo.

Transtornos mentais

De acordo com a Cartilha ‘Suicídio Informando para Prevenir’ do CFM e da ABP, médicos devem saber identificar e manejar toda a gama de características que envolvem o comportamento suicida. Algumas das características são: doença mental; história pessoal e familiar de comportamento suicida; suicidabilidade – a pessoa tem pensamentos atuais de morte; características de personalidade – impulsividade e agressividade; entre outros.

Dr. Haroldo explica que o suicídio quase invariavelmente é provocado por um transtorno mental. “É praticamente impossível explicar um suicídio que ocorra de forma repentina e sem nenhum indício ou sinal prévio de que algo estava “errado”. Transtornos como depressão, estados psicóticos, transtorno bipolar, transtornos de personalidade e abuso de substâncias são as principais causas de suicídio” elucida o médico.

Depressão

Dados de 2018 da OPAS/OMS, informa que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram de depressão. É a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças, sendo as mulheres mais afetadas que os homens. “Entre as causas de depressão, podemos apontar eventos traumáticos na infância (abuso, lares desestruturados, maus tratos), perdas (desemprego, morte, rompimento de relações pessoais), doenças (incapacitação física, dor crônica), causas biológicas (hereditariedade, abuso de substâncias, alterações hormonais)” esclarece Dr. Haroldo Freire.

A organização ainda informa que um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. Os tipos de depressão podem ser crônicos, ou seja, acontecem a longo prazo, principalmente se não houver tratamento adequado. O primeiro, transtorno depressivo recorrente, envolve repetidos episódios depressivos, já o segundo, transtorno afetivo bipolar, consiste tipicamente na alternância entre episódios de mania e de depressão, separados por períodos de humor normal.

Isolamento social: Um dos sinais de alerta

Não existe uma fórmula segura para identificar com precisão uma pessoa em crise, porém, é possível analisar sinais. “É possível reconhecer sinais de alerta para risco aumentado para suicídio: mudanças de humor; isolamento social; comportamentos agressivos; desajustamentos sociais; tentativas prévias; alterações de comportamento devidas a abuso de álcool e drogas; pessimismo; discurso negativista; expressões de desesperança; sentimentos de falta de valor ou importância em relação a si mesmo e aos outros; comportamento psicótico ou paranoico” apresenta Dr. Haroldo.

Uma das medidas preventivas de contenção do coronavírus é o isolamento social. O isolamento, o retraimento, a evitação em relação as pessoas e eventos ou atividades, pode indicar um comportamento alterado, que poderia estar ligado a um estado depressivo ou delirante. “A ideação suicida pode ou não vir acompanhada por estes estados alterados. O isolamento ou distanciamento pessoal imposto pelo período de pandemia deve ser enfrentado com meios alternativos de contato, como visitas controladas, maior frequência na troca de informações por meios eletrônicos, fornecimento de alimentos a pessoas com dificuldades de autocuidado” afirma Dr. Haroldo.

Como posso ajudar?

De acordo com Dr. Haroldo Freire, o método mais eficaz no sentido de prevenir o suicídio é a abordagem direta de um profissional de saúde ou assistente social, para fornecer apoio e orientação ao indivíduo em risco: orientar o que fazer numa crise; identificar um mecanismo de alívio; incentivar a manter contato com uma pessoa de confiança em caso de necessidade; evitar o isolamento; e em caso de urgência (quando o impulso ou a ideação se tornar muito intensa), se dirigir a um pronto socorro nos casos mais graves.

O Ministério da Saúde possui um informativo com 04 (quatro) passos para ajudar uma pessoa sob risco de suicídio. A conversa é um importante aliado neste momento, você pode encontrar um local calmo para ouvir o que a pessoa com sofrimento tem a dizer, mas ouça sem julgar. O acompanhamento deve ser feito para ver o que a pessoa faz e sente, em terceiro, a busca de ajuda profissional é indispensável. Por fim, proteja! Se existe chance de risco imediato, não deixe o indivíduo sozinho ou com acesso à meios que provoquem sua própria morte.

Para finalizar, Dr. Haroldo Freire indica que é importante cultivar um sentimento de pertencimento: seja a um grupo, uma comunidade, uma causa. Cultivar amizades. Ter atividades de lazer. Cuidar da alimentação. Ser ativo fisicamente. Recorrer a profissionais não em época tardia, mas compreender que uma abordagem precoce pode evitar danos maiores.

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