Notícias

12h06

Entrevista: entenda as doenças autoimunes e o lúpus

Compartilhe:

Tamanho da Fonte:

Doença autoimune é uma condição em que o sistema imunológico de uma pessoa ataca as células saudáveis do corpo por engano, desencadeando uma série de problemas que podem acometer a pele e os órgãos.

Essa definição se refere a um grupo com mais de 80 tipos de enfermidades. Entre elas, o lúpus eritematoso sistêmico (LES), uma doença inflamatória que atinge mais de cinco milhões de pessoas no mundo. No Brasil, não há dados exatos do lúpus, mas estima-se que a doença acometa cerca de 65 mil pessoas, sobretudo as mulheres. É uma doença que não tem cura, mas pode ter controle através de tratamento.

O Labchecap conversou sobre o tema com a médica reumatologista Ana Teresa Amoedo, que esclareceu algumas das principais dúvidas relacionadas às doenças autoimunes, sobretudo o lúpus. Acompanhe a entrevista e saiba mais sobre as causas,  diagnóstico e tratamento dessa doença.

[caption id="attachment_8356" align="alignright" width="240"] Dra. Ana Teresa Amoedo[/caption]

Labchecap - Existe uma especialidade médica específica para tratar das doenças autoimunes?

Ana Teresa Amoedo - Existem várias doenças autoimunes e dependendo de como ela se manifeste, existem diferentes especialidades médicas que podem trata-las.  A tireoidite, doença autoimune da tireoide, é tratada pelo endocrinologista e a doença celíaca pelo gastroenterologista. Os reumatologistas acompanham as doenças autoimunes do grupo das colagenose, como o lúpus eritematoso sistêmico.

 Labchecap – Existe um fator determinante para o desenvolvimento do lúpus?

Ana Teresa Amoedo – O lúpus é uma doença autoimune multifatorial.  Não existe uma causa específica, mas existem fatores que contribuem para a doença, como os componentes genéticos, hormonais e ambientais. O estrógeno, hormônio feminino, é um fator de risco. Por isso, é mais recorrente entre as mulheres. Além disso, também podemos destacar e fotossensibilidade como um fator de risco ambiental.

Labchecap – Quem pode ter lúpus?

Ana Teresa Amoedo – As mulheres são mais acometidas pela doença, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo. Nos homens, o quadro clínico tende a ser mais agressivo. Estima-se que para cada 10 diagnósticos em mulheres, um caso é diagnosticado em homens.

Labchecap - Quais as principais sintomas da doença?

Ana Teresa Amoedo - Os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou se desenvolver gradativamente.  As manifestações mais comuns da doença são as dores e a inflamação articular.   Também são recorrentes as lesões de pele, que podem ser desencadeadas pela exposição solar ou pelo surgimento de manchas avermelhadas na região do nariz, conhecida como lesões em asa de borboleta.

Nos casos mais graves, pode comprometer a membrana do coração e o pulmão, por exemplo. Mas o que mais preocupa e limita a vida do paciente com a doença é o envolvimento renal e do sistema nervoso central.  Dependendo do grau da inflamação, a doença pode levar à falência dos rins e, no caso do comprometimento do sistema nervoso central, pode causar inflamação nos vasos, o que pode levar a uma isquemia ou uma vasculite.

Labchecap - Como é feito o diagnóstico do lúpus?

Ana Teresa Amoedo - O diagnóstico segue critérios clínicos, que envolve avaliação de lesões crônicas de pele, se há baixa de plaquetas no sangue e do envolvimento dos órgãos. Também são considerados os critérios laboratoriais de investigação. Os exames de sangue e de urina auxiliam no diagnóstico e contribuem para identificação da atividade da doença no organismo.

Labchecap – Dado o diagnóstico, como é feito o tratamento?

Ana Teresa Amoedo - O tratamento do lúpus visa estabilizar a doença, mantendo maior período de inatividade, e varia conforme o grau de comprometimento do organismo. De um modo geral, o tratamento medicamentoso é realizado com uso de corticoide, analgésicos, hidroxicloroquina, pulsoterapia e, nos casos mais agressivos, os imunossupressores.

Labchecap – Esse tratamento é contínuo?

Ana Teresa Amoedo - Uma vez diagnosticada a doença, os cuidados envolvem a atenção e adesão ao tratamento. No período em que a doença está mais ativa, são usadas doses mais altas e uma medicação mais agressiva. Na medida em que estabiliza, essas doses costumam ser menores, com possíveis intervalos sem medicação.

Conte com o Labchecap para cuidar da sua saúde. Conheça a nossas unidades e escolha a mais próxima de você

Deseja marcar seus exames e/ou vacinas?
Clique no botão ao lado.

Controle de Qualidade

CRB Selo de Mamografia
Controllab
PNCQ

Acreditação

PALC
Sistema Nacional de Acreditação DICQ

Certificação

ISO
Call center
Salvador e região metropolitana: 71 3345.8200
Segunda à sexta 6:30h às 19h.
Sábado 6:30h às 17h
Call center domiciliar: 71 3345.8200
Segunda à sexta 6:30h às 17:30h.
Sábado 6:30h às 13h.

Agendamento Vacina a Domicílio
Segunda à sexta 7h às 16h.
Sábado 7h às 12h
Diretor Técnico Laboratorial : Dr. Josemar Fonseca | CRF 1290.
Coordenador Médico de Imagem Dr. Mauricio Martini | CRM 23811 /RQE 20817.
Responsável Técnica de Vacinas: Enf. Kátia Bulhões | COREN BA: 228186
2021 - 2025. Labchecap. Todos os direitos reservados.
Produzido por: Click Interativo - Agência Digital
Opções de privacidade