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12h07

Cuidados com Automedicação

O hábito de tratar sintomas isolados como dor de cabeça, azia, ou uma febre não tão alta sem o diagnóstico preciso de uma doença, continua fazendo parte do dia a dia da população.

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Cuidados com Automedicação

O hábito de tratar sintomas isolados como dor de cabeça, azia, ou uma febre não tão alta sem o diagnóstico preciso de uma doença, continua fazendo parte do dia a dia da população. Segundo a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, sem a avaliação de um profissional de saúde. O uso incorreto pode acarretar o agravamento de doenças, intoxicação, resistência de medicamentos e o aparecimento de reações adversas graves. Dados nacionais e internacionais mostram um aumento impactante do consumo de medicações contra a ansiedade, e o pior: muitas vezes sem acompanhamento médico.

O Doutor Eduardo Fahel CREMEB (7857), em entrevista, nos explicou porquê pessoas aceitam uma dica da família ou dos amigos para resolver uma tosse ou uma queimação no estômago, ao invés de procurar um médico. “Por que as pessoas se automedicam? Por preguiça de ir ao médico, por indicação de terceiros, por ser mais fácil pesquisar na internet, e outros. Porém, o uso de anti-inflamatórios e antibióticos sem orientação médica é algo muito mais grave do que se imagina. A combinação inadequada de medicações anula ou potencializa o efeito de uma ou da outra. O uso dessas medicações pode ocasionar o agravamento dessas doenças, e se usadas acima do normal, cria-se resistência”, afirma.

 

Aumento da venda de ansiolíticos

 

Segundo dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), a comercialização do Clonazepam aumentou 22% em março e abril de 2020 comparado ao mesmo bimestre do ano passado. A droga é receitada de forma controlada após prescrição médica para pacientes com depressão, síndrome do pânico, ansiedade e insônia, e de acordo com Dr. Fahel, é causada por diversos problemas que estão diretamente ligados ao isolamento social. “Com o advento do coronavírus e consequentemente com o isolamento social, problemas como desemprego impulsionam ainda mais essas patologias”, afirma.

A mistura de álcool e ansiolíticos também é perigosa. Além de aumentar as reações adversas e o efeito sedativo, diminui a eficácia dos antidepressivos. “Sempre que pensamos no álcool achamos que o efeito do remédio é cortado, porém, o uso dessa forma causa sérios danos para o fígado ou mesmo para o cérebro. Existem remédios que tem seu efeito potencializado para pior com o álcool, e outros que são inibidos pela sua ação. O ideal é não beber durante um tratamento, seja ele de ordem depressiva, ansiosa ou mesmo alguma doença clínica” relata Dr. Fahel.

 

Automedicação vitamínica pode causar sérios riscos à saúde

 

Diante do atual cenário de pandemia pelo novo coronavírus, a automedicação vitamínica está sendo utilizada como pretexto de prevenção à COVID-19. Não existe até o momento da publicação desta matéria, nenhum dado que comprove a eficácia de vitaminas para o combate ao vírus. De acordo com Dr. Fahel, as vitaminas são fundamentais para o funcionamento do corpo, porém, em quantidade acima do necessário não são saudáveis.

“O excesso de vitaminas leva à intoxicação e diversas outras reações, por exemplo, o abuso de vitamina A causa ressecamento de pele, pele áspera e/ou descamativa, queda de cabelo, tontura e dor de cabeça. Vitamina D causa hipercalcemia, ou seja, eleva o nível de cálcio do sangue causando o aumento de absorção do cálcio no intestino e até pressão alta. O uso acima do normal de vitamina C pode provocar diarreia e cálculo renal”, declara. Dr. Fahel alega que o uso das vitaminas deve ser sempre por prescrição médica se necessário, já que o fundamental é ter uma alimentação equilibrada.

 

A importância de um especialista

 

De acordo com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), no Brasil, 79% das pessoas com mais de 16 anos admitem tomar medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica. No topo da lista de medicamentos mais consumidos por conta própria pelos brasileiros estão os analgésicos com 48% e anti-inflamatórios com 31%. Segundo Dr. Eduardo Fahel, a automedicação é considerada no Brasil um problema de saúde pública, e é responsável por grande parte das notificações de intoxicação no Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – SINITOX.

 

"É difícil conscientizar uma população que já possui o costume de automedicar-se, fora do país é necessário passar por um profissional de saúde para obter uma medicação, e deveria ser da mesma forma no Brasil. Por causa da pandemia de COVID-19, até o uso de medicações com uso controlado utilizadas em doenças de potencial grave estão sendo mencionadas. As intoxicações e reações adversas estão na bula, o paciente deve ser orientado pelo médico para que nenhum daqueles sintomas apareça durante o tratamento", conclui.

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