Segundo o Ministério da Saúde, a Vacina Varicela está licenciada no Brasil na apresentação monovalente ou combinada com a vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). A catapora é uma doença muito comum na infância, sendo uma das mais contagiosas dentre as doenças infecciosas, mas também pode surgir em adultos. Para tirar todas as dúvidas sobre o assunto, realizamos uma entrevista com com Doutora Ceuci Nunes, Médica Infectologista e Diretora Técnica da Divisão de Vacinas do Labchecap (CREMEB 8876). Confira.
Para que serve a vacina de Varicela?
O componente Varicela consta na vacina viral quadrivalente juntamente com Sarampo, Caxumba e Rubéola e como componente único. Em ambas as vacinas previnem para as doenças do mesmo nome.
Quais as doenças a vacina Varicela previne?
Varicela ou catapora se componente único, ou Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela se utilizar a vacina viral quadrivalente.
Quantas doses são necessárias?
A melhor recomendação são duas doses da vacina.
Existem muitas dúvidas sobre quando e quem pode tomar a vacina, vale alertar que o grupo de risco inclui tanto crianças como adultos. A forma benigna é a mais comum, sendo mais frequente no final do inverno e início da primavera. Pessoas imunocomprometidas, quando adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior risco de doença grave. Recém-nascidos que contraem catapora entre 5 a 10 dias de vida, cujas mães infectaram-se antes do parto e dias após o mesmo, estão mais expostos à varicela grave.
Quem deve tomar a vacina? Quem não deve tomar?
Todas as pessoas que não tiveram varicela durante a vida. Na criança, deve ser utilizada acima de um ano e pode ser antecipada para 9 ou até 6 meses com orientação médica. Em suma, é contraindicada para alérgicos aos componentes da vacina e pessoas com imunodeficiências, como portadores do HIV, uso de quimioterapia e corticoides em doses elevadas e por tempo prolongado.
Quem já teve catapora pode tomar a vacina?
Não. A varicela é uma doença que dá imunidade permanente.
Quem teve catapora pode ter novamente?
Não. Quando a pessoa teve Varicela, pode ter uma reativação do vírus que causa o Herpes Zóster. É mais comum em pessoas acima de 60 anos. Existe a vacina para Herpes Zóster que pode ser utilizada acima de 50 anos.
Doutora Ceuci esclarece que a Varicela é transmitida pelo contato de uma pessoa que está com o vírus. É a segunda doença mais transmissível, só perde para o Sarampo. Cada pessoa com varicela pode transmitir para outras sete pessoas. O Labchecap, dispõe no site o Calendário Vacinal, a atualização do cartão é uma das estratégias mais efetivas para a prevenção de doenças infectocontagiosas.
A aplicação de vacinas só pode ser realizada por indivíduos especializados, portanto, a aplicação incorreta gera vários problemas desde reações indesejadas locais, até casos mais complicados. Dessa forma, o Labchecap conta com profissionais capacitados, além de uma equipe de médicos infectologistas que dão suporte adequado a todos os especialistas e pacientes.
Qual o mecanismo de ação da vacina Varicela?
É uma vacina de vírus vivo atenuado, ou seja, que reduz a capacidade de causar a doença, mas estimula o sistema imunológico a reconhecer e combater o vírus quando o organismo entrar em contato.
Qual o tempo de proteção da vacina?
Quem faz uso do esquema de duas doses é considerado imunizado para o resto da vida.
Existe efeito colateral para essa vacina? Se sim, quais?
Toda vacina pode causar eventos adversos principalmente um processo inflamatório local. Como a vacina é de vírus vivo pode causar também um quadro de varicela muito leve, com febre baixa e pocas lesões de pele, num período de 5 a 21 dias após a aplicação.
Muitas doenças comuns no Brasil, como o Sarampo, Rubéola e Tétano, deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação em massa. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença, vacinas salvam vidas e protegem! Você pode questionar-se, a melhor forma de prevenção é a vacina? Dra. Ceuci Nunes responde:
Sim. A vacina pode ser utilizada como prevenção primária - para quem nunca se expôs ao vírus e também para prevenção secundária - para quem teve contato com uma pessoa doente num prazo máximo de 96 horas, quando mais precocemente melhor.
Proteja-se. Este é o recado da Equipe Labchecap.