A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. As principais doenças respiratórias são muito frequentes e podem confundir devido aos sintomas semelhantes, Doutor Eduardo Fahel CREMEB (7857), em entrevista, explica que existe uma gama de doenças respiratórias que ocorrem mais na época do inverno, iniciado no dia 20 de junho.
“As doenças mais frequentes relacionadas a agentes infecciosos são rinite alérgica; sinusite, bronquite e pneumonia. A DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Asma e Enfisema Pulmonar, são doenças constitucionais do indivíduo que habitualmente estão associadas a genética e tabagismo, e são exacerbadas quando uma pessoa adquire uma infecção”. Dr. Fahel acrescenta que os ambientes fechados onde as pessoas ficam mais próximas é justamente na época de frio, onde não se abre janelas e assim, contribui-se para a propagação dessas viroses.
Os cuidados são essenciais em qualquer época do ano, mas no inverno, a prevenção é fundamental para evitar a proliferação de bactérias e vírus, fatores infecciosos que têm relação com as mudanças climáticas. A gripe por exemplo, pode complicar o quadro de pacientes portadores de doenças respiratórias crônicas e que possuem outras infecções, dessa forma, é recomendada a vacinação.
Segundo Dr. Fahel, o ideal é se precaver da aglomeração de pessoas, higienizar mãos e roupas frequentemente, além disso, em caso de sintomas como coriza, espirro e tosse, o paciente não pode automedicar-se pois o uso incorreto pode acarretar o agravamento de doenças; intoxicação; resistência de medicamentos; dificuldade no reconhecimento da real patologia, e o aparecimento de reações adversas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o perigo está nas complicações advindas com a gripe, como o agravamento de doenças crônicas, entre elas a hipertensão e diabetes. No tempo frio, à medida que o ar fica seco, ele torna-se carregado com partículas de poeira e poluição, exigindo que o nosso sistema respiratório trabalhe mais. Confira a seguir formas de prevenção de algumas das doenças respiratórias citadas:
- Sinusite: Evite fumo e os seus poluentes; beba muitos líquidos e considere o uso de um umidificador.
- Rinite e Asma Brônquica: Mantenha distância de fumantes e pessoas com resfriados; coma muita fruta e vegetais frescos; realize atividades físicas regularmente e use medicamentos antialérgicos recomendados por um médico.
- Pneumonia: Tome a vacina contra a gripe. A vacina pode ajudar na proteção, já que a gripe é a causa comum da pneumonia. Fique longe de indivíduos que estão doentes e evite fumaça de cigarro.
Vacinas contra a gripe e pneumonia
A vacina da gripe disponível atualmente, é preparada a partir de uma seleção de subtipos de vírus que estejam provocando surtos pelo mundo e possam representar perigo de disseminação no inverno seguinte, incluindo o vírus H1N1. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a gripe. É recomendado manter o calendário vacinal atualizado anualmente, pois a proteção conferida pela mesma diminui progressivamente, especialmente seis meses após a aplicação.
A vacina pneumocócica (contra pneumonia) reduz o risco de infecções graves causadas pelo streptococcus pneumoniae ("pneumococo"). Esta bactéria é causa comum de infecções respiratórias e também pode ocasionar infecções generalizadas, como a meningite. Existem três tipos de vacinas disponíveis contra o pneumococo: a vacina de polissacarídeo 23 valente e as vacinas conjugadas 10 valente e 13 valente. É importante consultar o médico para verificar o tipo mais indicado para cada paciente. Estas vacinas têm raros efeitos adversos, podendo ocorrer dor local, com edema e inchaço e, mais raramente, febre até 03 dias após a aplicação.
