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Cuidados com as alergias durante a pandemia de Covid-19

Hoje (08/07) é comemorado o Dia Mundial da Alergia, data comemorativa que possui como finalidade conscientizar e informar as pessoas sobre a importância do...

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Cuidados com as alergias durante a pandemia de Covid-19

Hoje (08/07) é comemorado o Dia Mundial da Alergia, data comemorativa que possui como finalidade conscientizar e informar as pessoas sobre a importância do tratamento de alergias, visto que em determinados casos podem levar à morte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, 30% da população possui algum tipo de alergia, mas o que é alergia?

Em entrevista com a Doutora Cláudia Plech, alergologista (CRM-BA 20358), é explicado que alergia é uma reação de hipersensibilidade do organismo, em que o sistema imune reage a um estímulo ambiental (como leite de vaca ou um ácaro da poeira), que normalmente toleraria. Portanto, o indivíduo que possui uma alergia apresenta algum tipo de sintoma em reação à exposição de um alérgeno ambiental.

Segundo os dados da Organização Mundial da Alergia, em 30 países (com uma população estimada de 1.200 milhões de pessoas), 22% ou 250 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de alergia. Dra. Cláudia informa que as mais comuns são as alimentares, a medicamentos, respiratórias e as alergias na pele.

“As alergias alimentares podem se apresentar de diferentes formas, como urticária (placas pruriginosas) e angioedema, ou sangramento nas fezes. Qualquer alimento potencialmente pode se tornar um alérgeno, mas a grande maioria das alergias alimentares estão entre: leite de vaca; ovo; soja; glúten; castanhas; amendoim; peixes e frutos do mar”, afirma.

Dra. Cláudia ainda explica que alergia a medicamentos podem acontecer imediatamente após a dose, com urticária e risco de anafilaxia ou mais tardiamente com lesão maculopapular ou até bolhosa. As alergias na pele mais frequentes são: dermatite de contato (específica para algum componente de contato); dermatite atópica (quando o paciente apresenta eczema pruriginoso em locais característicos do corpo com uma pele ressacada e outros sinais de atopia).

Alergias Respiratórias devem ter atenção especial durante a pandemia

Dra. Cláudia explica que entre as alergias respiratórias mais comuns estão a rinite, que cursa com coceira nasal e ocular, coriza, obstrução nasal e espirros; e asma, com tosse, falta de ar ou aperto no peito. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 235 milhões de pessoas sofram de asma, no Brasil, cerca de 20% das crianças têm a doença.

“Os cuidados com as alergias devem continuar durante a pandemia de Covid-19 para evitar a exposição a alérgenos que apresentem riscos, e em especial para alergias respiratórias, como a asma. Manter sob tratamento e controle adequado significa não se comportar como grupo de risco para apresentar quadro grave se houver infecção pelo coronavírus”, esclarece.

Questionada sobre a existência de complicações das doenças em determinada época do ano, Dra. Cláudia resume que as alergias respiratórias podem apresentar mais crises no outono e inverno, períodos em que há mais fatores desencadeantes. As dermatites atópicas podem apresentar sintomas mais intensos em períodos de menor umidade, sendo que algumas pioram com o frio e outras com o calor.

Testes de Alergia Labchecap

Em entrevista sobre como funciona a realização dos testes de alergia no Labchecap, nossa Analista de Qualidade Isabelle Francine Santana (CRBio 92.450/08-D), explica que manifestações alérgicas são provocadas, na maioria das vezes, pela produção de anticorpos IgE específicos para alérgenos presentes no ambiente como ácaros, alimentos, veneno de insetos, pólen e fungos, por exemplo. Em paralelo à história clínica detalhada pelo paciente e exame físico, o exame laboratorial permite diagnosticar a presença do anticorpo IgE produzido pelo paciente contra o alérgeno.

Aliado aos processos de qualidade do Labchecap, os testes de alergia são realizados no equipamento Phadia considerado o padrão ouro em tecnologia laboratorial, através do método Immunocap, onde se analisa a presença de IgE específico e estabelece o grau de sensibilização.

“Através desta técnica referência para testes de alergia, é possível que o médico avalie pacientes com risco de reações graves, entenda padrões de reação cruzada, acompanhe o quadro clínico do paciente em imunoterapia e possa elucidar casos complexos de pacientes sensíveis a múltiplos alérgenos. Para o paciente isso significa receber o tratamento ideal, melhorar o seu bem estar e qualidade de vida”, declara.

Tratamento

De acordo com Dra. Cláudia, existe tratamento para controle dos sintomas das alergias, o que é extremamente importante para melhorar a qualidade de vida e diminuir o risco associado de complicações algumas vezes graves, como a anafilaxia ou a crise asmática. “Para a maioria das alergias não há um tratamento curativo, porém, em algumas situações, há opções terapêuticas bem interessantes para mudar a evolução e gravidade da doença, como a imunoterapia ou dessensibilização. Além disso, algumas alergias costumam apresentar boa evolução para tolerância, como a alergia ao leite de vaca por volta de 1 a 5 anos, a depender do tipo. Outras como rinite e asma podem ter evolução imprevisível, com possibilidade de descompensação na adolescência”, conclui.

Dica para pessoas que têm alergia à máscara

Dra. Cláudia Plech dá uma super dica para pacientes que apresentam irritação ou sensibilidade local com o uso de máscaras. “É possível ter cuidados como proteção da face com hidratante apropriado, escolha do material da máscara e produtos de limpeza”.

Indivíduos com dermatites de contato ou alergia a tecidos sintéticos devem dar preferência às máscaras feitas com tecido de algodão e sem tingimento, além disso, precisam ser lavadas com sabonete neutro e separadas das demais roupas.

Quem necessita passar o dia fora de casa deve usar diferentes modelos de máscaras no período para evitar pressão nos mesmos lugares do rosto. Independentemente do modelo desejado, a máscara deve tapar a boca e o nariz como indica o Ministério da Saúde.

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