De acordo com o Ministério da Saúde, a terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Para falar mais sobre o assunto e sanar as dúvidas, realizamos uma entrevista com Doutora Ceuci Nunes (CREMEB 8876), Médica Infectologista e Diretora Técnica da Divisão de Vacinas do Labchecap. Confira.
1- O que são IST?
São infecções cuja principal forma de transmissão é por relações sexuais. O nome preferencial é Infecções e não Doenças Sexualmente transmissíveis pois elas podem não se manifestar e mesmo assim transmitir.
2- Como as ISTs se manifestam?
Quando as infecções se manifestam são chamadas DST (Doenças Sexualmente transmissíveis) e se manifestam tanto com lesões na genitália (casos do HPV, Sífilis, Gonorreia, Trichomonas, Clamídia), quanto em outras formas como Hepatite (Hepatite B e C), alterações neurológicas (Sífilis), imunodeficiência (HIV/AIDS),entre outras.
3- Quais são as principais infecções sexualmente transmissíveis?
HIV, HPV, Sífilis, Hepatite B por suas consequências, são as principais. Devido à frequência temos que lembrar também de Clamídia, Gonorreia e Trichomonas.
4- Os sintomas são os mesmos para todas?
Não, os sinais e sintomas são muito variados de doença a doença.
5- Como é feita a prevenção?
A principal forma de prevenção da maioria das doenças é o sexo seguro. Algumas das principais doenças são preveníveis por vacinas como a Hepatite B e o HPV.
6- Como é feito o diagnóstico?
Com o exame clínico e testes laboratoriais. É importante que as pessoas com vida sexual ativa solicitem ao seu médico exames para rastreio destas infecções. É muito importante a realização destes exames também no pré-natal, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
7- Como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser contraídas?
Todas são transmitidas pela relação sexual e algumas como HPV, Sífilis, Hepatite B e HIV, gonorreia também, podem ser transmitidas da mãe para o bebê na gestação ou no parto.
8- Existe um grupo de risco para pessoas infectadas?
No geral, pessoas que fazem sexo desprotegido, pessoas com grande número de parceiros sexuais.
Serviço de Vacinas
Dra. Ceuci Nunes conclui com uma mensagem de conscientização. “As IST são muito frequentes e a proteção depende de cada um. É importante o uso de preservativo em todas as relações sexuais e manter o cartão vacinal em dia, tanto as vacinas regulares quanto os reforços que são previstos para algumas vacinas por toda a vida”.
A enfermeira Cristiane Andrade (COREN 419328) da Divisão de Vacinas do Labchecap, informa que as ISTs que possuem vacinas para prevenção (HPV e Hepatite B), estão disponíveis em nossas unidades. Além disso, nos explica em suma, como funciona o serviço de vacinação.
“O serviço de vacinação do Labchecap possui um padrão de qualidade no controle de temperatura, que funciona com sistema de monitoramento remoto. Os refrigeradores e câmaras de armazenamento são monitorados 24 horas pelo sistema Sitrad, numa situação de falta de energia alertas automáticos serão enviados para a equipe por e-mail, SMS e telefone, permitindo rápida correção. Os enfermeiros e técnicos de enfermagem participam de cursos e palestras de atualizações de vacinas para assim prestar um ótimo atendimento aos clientes. Oferecemos também um serviço de retorno aos clientes das próximas doses do seu esquema vacinal”, conclui.
Esquema de Vacinação Hepatite B
A vacina contra Hepatite B é utilizada em esquema de três doses (0, 1 e 6 meses), sendo a primeira dose logo ao nascer. Para as pessoas que não utilizaram a vacina contra hepatite B no primeiro ano de vida existe a apresentação de Hepatite A + B combinadas. A vacina contra hepatite B pode ser utilizada também em apresentações combinadas com outras vacinas, a exemplo da DPT, sendo neste caso utilizado o esquema vacinal com quatro doses (vacina hexavalente). As vacinas contra a hepatite são seguras e eficazes.
Esquema de Vacinação HPV
Existem duas vacinas para HPV licenciadas no Brasil, a Gardasil (quadrivalente) e a Cervarix (bivalente), ambas com esquemas vacinais composto de três doses, que protegem para infecção pelo vírus e as condições de saúde que a infecção pode levar. As duas protegem para câncer de colo de útero. A Gardasil também protege para verrugas genitais, câncer de ânus, vagina e vulva. As vacinas estão liberadas para uso em mulheres, sendo a Gardasil para a faixa etária entre 9 a 45 anos e a Cervarix a partir de 9 anos. Apenas a Gardasil está liberada para uso em homens (9 a 26 anos). O esquema de vacinação para meninos e meninas menores de 15 anos, são duas doses com intervalo de 6 meses entre as doses. A partir de 15 anos é indicado o esquema de 3 doses:
Gardasil: (0,2,6) meses;
Cervarix: (0,1,6) meses.
