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A importância dos exames gestacionais e do pré-natal

A rotina de uma gestante se torna repleta de exames gestacionais assim que é confirmada a gravidez. Compromissos em laboratório de análises clínicas e medicina diagnóstica ...

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A importância dos exames gestacionais e do pré-natal

A rotina de uma gestante se torna repleta de exames gestacionais assim que é confirmada a gravidez. Compromissos em laboratório de análises clínicas e medicina diagnóstica é algo frequente para a realização de consultas, exames, verificação do calendário vacinal, avaliações físicas, entre outros.

Segundo a FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a assistência pré-natal é o campo da medicina preventiva que analisa a mulher em um período especial de sua vida, na qual ansiedade, temores, angústia, expectativas e incertezas se direcionam de forma caprichosa à hora do parto.

Doutora Luciana Vieira Lopes (CRM 11448 BA – RQE 4833), em entrevista, esclarece que o pré-natal é indispensável para a detecção precoce e prevenção de doenças maternas e fetais, permitindo o desenvolvimento saudável do bebê, e assegurando a saúde da gestante, garantindo parto e nascimento seguro. “É um momento de preparo emocional para o parto, para a chegada de um filho e para a amamentação”, afirma a médica.

Cuidados durante a pandemia

Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais indispensáveis, que visam identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança. Doutora Luciana elucida que os exames e vacinas devem continuar mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.

“Devem ser feitos respeitando-se o distanciamento, uso de máscara; higienização das mãos; escolher locais que sigam as determinações impostas pelas autoridades sanitárias; otimizar período adequado para realização, postergando ou otimizando, quando possível, para períodos com menor incidência de casos, e lembrar que muitos exames e vacinas podem ser feitos por agendamento domiciliar”, declara a médica.

Exames Gestacionais: Diagnóstico e Tratamento precoce

De acordo com o Ministério da Saúde, entre as diversas vantagens do pré-natal estão a identificação de doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa, como: hipertensão arterial; diabetes; doenças do coração; anemias; sífilis; e outras.

O diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida. É possível detectar problemas feitais, como más formações. O órgão informa que algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal.

Para ter uma gravidez saudável, Doutora Luciana sugere uma boa alimentação, sono noturno reparador, atividade física e assistência médica adequada, além disso reforça que diagnosticar e tratar precocemente as doenças maternas, assegurando a saúde da gestante e, consequentemente do bebê é imprescindível.

Quais exames e vacinas irei fazer no pré-natal?

Durante as consultas, os profissionais de saúde verificam o peso da gestante; sua altura; estado nutricional; pressão arterial; em geral, se esclarece dúvidas. É questionado também se a mulher está com o calendário vacinal em dia, além disso, solicitam exames de imagem e laboratoriais. Confira a seguir a lista de exames solicitados, devidamente elucidado pela Doutora Luciana Vieira Lopes.

Primeiro trimestre: Laboratório e Imagem

Hemograma completo: Indica se há doenças infecciosas ou anemia, além de doenças hematológicas.

Tipo sanguíneo e fator Rh: A médica ressalta que a doença hemolítica perinatal, anemia que pode ser grave no feto, é causada por incompatibilidade materno fetal pelo fator Rh. “Saber o fator Rh do casal, possibilita seguimento e abordagem diagnóstica correta, além da prevenção em gestações futuras. No caso de incompatibilidade pelo fator Rh, será solicitado o teste de Coombs indireto, por exame de sangue da mãe. Existem anemias e icterícias do feto, pela incompatibilidade pelo grupo sanguíneo A, B ou O”, afirma Dra. Luciana.

VDRL: Serve para verificar se há sífilis, doença sexualmente transmissível que pode acometer o feto através da placenta.

HIV: “Doença que vem aumentando significativamente na população. A identificação precoce na gestação é muito importante para reduzir a transmissão vertical, que é a contaminação via placentária. Serve para identificar o vírus HIV que provoca a Aids. Se a mãe for devidamente tratada no pré-natal e parto, diminui-se o risco de transmissão para o bebê”, afirma Dra. Luciana.

Hepatite B e C: Diagnóstico das hepatites B e C. Se a mãe receber o devido tratamento, evita que o bebê seja contaminado com estes vírus.

ANTI HBS: As não imunizadas para Hepatite B devem ser vacinadas na gestação, visando assegurar seu estado de saúde.

TSH, T4 livre: “O diagnóstico das doenças da tireoide e seu adequado tratamento, previnem hipotireoidismo congênito e abortamento nos casos de hipotireoidismo; o hipertireoidismo agrava a condição de saúde materna como o enjoo do primeiro trimestre, aumenta o risco de hipertensão, dentre outras doenças”, elucida Doutora Luciana.

Glicemia: Exame fundamental para o diagnóstico de diabete pré-existente e rastreamento do diabete gestacional, promovendo instituição de dieta e tratamento adequados.

Toxoplasmose IgG e IgM: “Se for feito diagnóstico da doença, existe um exame que diz se a gestante adquiriu a doença há menos de três meses, o teste de avidez e, nesse caso, existe tratamento para evitar transmissão pela placenta para o feto”, explica a médica.

Rubéola IgG e IgM: Esta doença pode provocar malformação, principalmente auditivas como surdez, cardíacas, nos olhos, ou cérebro do bebê. Também aumenta o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro. Doutora Luciana informa que a doença provoca malformação fetal principalmente quando a gestante adoece no primeiro trimestre. A sorologia permite identificar quais as pacientes imunes e as não imunes, além de diagnosticar a doença; as não imunes não podem vacinar na gestação, devem ser orientadas sobre métodos de prevenção.

Citomegalovírus ou CMV IgG e IgM: Serve para diagnosticar a infecção, que quando não é devidamente tratada pode causar restrição de crescimento, microcefalia, icterícia ou surdez congênita no bebê. Ainda não há tratamento específico.

Sumário de Urina: “Exame simples, mas valioso para detecção de inúmeras doenças, tais como infecção urinária (pela presença de nitrito), diabete (pela presença de glicose na urina), infecções vaginais (a exemplo da detecção de leveduras na urina)”, informa a Doutora Luciana Vieira Lopes.

Ultrassom transvaginal: “Feito entre a 8ª e a 10 ª semana de gestação, para determinar gemelaridade, gravidez tópica e não fora do útero (gravidez ectópica), idade gestacional e data provável de parto. Entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias, realizar o ultrassom morfológico do primeiro trimestre, para pesquisar o risco de doenças genéticas, tais como a síndrome de down”.

Segundo Trimestre: Repetição de alguns exames

USG Morfológico: “Realizado entre 20 semanas e 23 semanas e 6 dias, avalia marcadores para síndromes genéticas e os órgãos do feto: normalidade do crânio e estruturas cerebrais; face; identificando lábio leporino; posição de membros superiores e inferiores; mãos e pés; estruturas da cavidade abdominal como bexiga, estômago, genitália, cordão umbilical”.

Urocultura: Caso a paciente apresente infecção urinária no primeiro trimestre, deverá ser tratada com antibiótico e repetida mensalmente, ou solicitada se houver queixa que sugira infecção urinária.

Hemograma e Glicose (repetição): “Solicitar hematócrito e hemoglobina para diagnóstico e tratamento de anemia, a cada 6- 8 semanas; repetir glicemia em jejum a cada 6-8 semanas e o teste de tolerância a glicose (ttg-75 gr) entre 26 e 28 semanas de gravidez”.

VDRL: Repetir nos últimos 30 dias do pré-natal, mesmo para pacientes de baixo risco, seguindo determinação do Ministério da Saúde.

Toxoplasmose (repetição): Repetir a cada 6-8 semanas.

Fibronectina fetal: “Solicitado a pacientes com risco de parto prematuro nos sete dias subsequentes a coleta, para detenção do trabalho de parto e aceleração medicamentosa pulmonar fetal I”.

Terceiro Trimestre

Seguindo determinação do Ministério de Saúde Brasileira, a médica informa que se deve solicitar no terceiro trimestre, mesmo para as pacientes com comportamento de baixo risco para essas doenças e, mesmo para aquelas que já tenham resultados desses exames nos trimestres anteriores, os seguintes exames:

AgHbs (Hepatite B)

HIV

VDRL (Sífilis), sendo esse nos últimos 30 dias da gestação, como já citado anteriormente.

Além desses: Hematócrito, Hemoglobina e plaquetas, visando tratamento adequado das alterações e prevenção de complicações intraparto e no pós-parto, a exemplo de hemorragia pós-parto.

Glicemia em jejum

“Atenção para os exames já descritos, que devem ser repetidos a cada 6 semanas, nos casos de susceptibilidade a doenças, ditadas por IgG negativo para citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola. Devemos proceder ultrassonografia no último trimestre, para avaliar desvios de crescimento do feto, mensurar quantidade de líquido amniótico, bem estar fetal através de movimentos do bebê”, finaliza Doutora Luciana.

Vacinas:

Influenza (gripe): Em qualquer período da gravidez;

Vacina Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa): 27ª e a 36ª semanas; recomenda-se vacinar também os adultos que terão contato próximo com o recém-nascido.

Hepatite B: “A vacina contra hepatite B deve ser administrada em três doses, preferencialmente a partir do segundo trimestre da gestação. Se a gestante já foi vacinada anteriormente, não há necessidade de reforço; determinamos a imunidade por exame de sangue, o ANTI HBS”.

Vacinas contra indicadas: Rubéola, Sarampo, Varicela, Zoster, HPV, BCG (Tuberculose).

Vacinas em situações especiais: Febre Amarela (para gestantes que moram em área de risco ou que farão viagens inevitáveis para cidades de risco). Raiva (caso a grávida tenha sido mordida por animais de risco).

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Coordenador Médico de Imagem Dr. Mauricio Martini | CRM 23811 /RQE 20817.
Responsável Técnica de Vacinas: Enf. Kátia Bulhões | COREN BA: 228186
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