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RTq-PCR: A importância da eficácia do exame

A pandemia do novo coronavírus continua envolto em mistério e sendo uma grande preocupação mundial. O Ministério da Saúde segue informando, constantemente, que a Covid-19 é uma doença...

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RTq-PCR: A importância da eficácia do exame

A pandemia do novo coronavírus continua envolto em mistério e sendo uma grande preocupação mundial. O Ministério da Saúde segue informando, constantemente, que a Covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico, variando de infecções assintomáticas a quadros graves.

O órgão informa ainda que os coronavírus são uma grande família de vírus, comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, bois, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus que infectam animais passam para os seres humanos, casos conhecidos deste fenômeno foram as infecções com o MERS-CoV e o SARS-CoV-1. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus, o SARS-CoV-2.

Em entrevista com o Coordenador no Núcleo de Biologia Molecular do Labchecap, Doutor Adriano Alcântara (CRBio: 99.066/05-D), foi nos explicado que o SARS-CoV-2 está sofrendo mutações. “Isso significa que temos diferentes possibilidades da região que a gente detecta ter sido mudada, dessa forma os testes diagnósticos podem não funcionar mais para aquele gene, por isso nosso teste se baseia em quatro genes, ampliando a garantia de detecção”, explica.

Buscando sempre o melhor resultado para seus clientes, o Labchecap faz a análise de quatro marcadores virais por RT-qPCR para Covid-19. “Hoje no mercado existem diversos kits, cada instituição que desenvolveu o kit se baseou em duas organizações internacionais: o CDC Americano e o equivalente do CDC Europeu. Esses dois laboratórios desenvolveram testes baseados em algumas regiões genéticas do vírus, e as regiões são diferentes para os dois testes. Esse que nós usamos por exemplo, ‘combinou’ todos os genes, e os colocou em uma reação só, tornando possível detectar qualquer um dos quatro genes envolvidos na doença”.

Passo a Passo: Processo de análise da amostra coletada

As amostras que chegam em nosso Núcleo de Tecnologia Laboratorial são separadas e direcionadas para o setor específico de biologia molecular. No local, as amostras devidamente identificadas, são lidas no sistema, registradas e confirmadas para os pacientes cadastrados. Posteriormente, cada uma delas é posicionada no equipamento e ‘’puxadas’’ pelo suporte para dentro do sistema automatizado.

“Ao chegarem ao Labchecap, as amostras dos “cotonetes” especiais da coleta, já em solução, são manipuladas cuidadosamente para a retirada dos cotonetes de dentro dos tubos. Depois, os tubos são colocados em “racks” do equipamento automatizado (robô de processamento de amostras) que irá separar o RNA viral da amostra e colocá-los em uma placa para análise da presença ou ausência dos 4 diferentes genes-alvo do SARS-CoV-2. Este processo final é chamado de amplificação porque cada cópia dos genes-alvo que será detectada é amplificada, ou seja, multiplicada exponencialmente, ao longo do processo. Mais ou menos como se colocássemos o vírus em uma máquina fotocopiadora. Para tornar mais claro, se houvesse uma única cópia de cada um dos genes-alvo na amostra do paciente, ao final da amplificação, teríamos bilhões de cópias e, assim, a detecção é inequívoca”, elucida Dr. Adriano Alcântara.

“A quantidade do RNA viral, mesmo que o paciente tenha uma carga muito alta, exemplo, o paciente infectado recente no ápice da doença, ele pode estar liberando 100 milhões de partículas, o RNA do vírus é tão pequeno, comparado com nosso genoma por exemplo, que é invisível, e é essa invisibilidade que precisa desse processo, o processo vai amplificar o material genético do vírus”. Mas o que é isso, doutor?

“É pegar o pedacinho do vírus e fazer cópias e mais cópias, como se fosse uma grande máquina de xerox e depois disso, como já tinha um número grande de partículas, o número fica ainda maior e então o sistema automatizado de detecção, conforme o índice de luz que vai sendo produzida no equipamento, proporcionalmente com o número de cópias, chega a um ponto que passa de um limite mínimo, confirmando a amostra como positiva”, continua Dr. Adriano.

“Em suma, é isso o que o equipamento vai trazer para gente, prepara a amostra, extrai o RNA do vírus, coloca isso em uma placa, daí tiramos do robô e colocamos em outro equipamento, que é a máquina de PCR em tempo real ou termociclador em tempo real. O que ela faz, então é ser uma grande xerox, ela faz o RNA viral ser amplificado, aumentado em números de cópias e no final disso ela vai tirando fotografias, no momento que ela termina ela gera um gráfico que nos indica a presença do RNA viral ou sua ausência na amostra do paciente. Quanto mais infectado, maior o sinal que esse equipamento captura, quanto menos infectado, menor o sinal. Acima do ciclo de detecção 40, eles são considerados negativos, abaixo disso positivos”, nos resume o Coordenador.

Incômodo no momento da coleta: Seria possível recolher material apenas da garganta?

Doutor Adriano é objetivo com a resposta: Não é recomendado. “O protocolo produzido pelos órgãos internacionais é baseado justamente em tentar aumentar o máximo as chances de tentar encontrar o RNA viral. Como ele é muito pequeno, você precisa que a amostra seja o mais composta possível. É necessário que o SWAB vá bem lá atrás na região nasal, o que não é uma amostra fácil para o paciente, mas se você faz uma má coleta em uma narina, na segunda você pode fazer uma melhor e se não fizer bem nas duas, você ainda tem a garganta. Então a chance de você detectar fazendo as três é maior do que apenas uma”. E completa. “Se você faz a coleta das duas narinas e da boca, você proporciona a chance de detectar o vírus, bem perto dos 100%. Enquanto que, sendo apenas de um dos sítios, esse percentual diminui drasticamente”.

Alta tecnologia para diagnóstico molecular

“O termociclador em tempo real é a máquina que faz a detecção dos quatro tipos de genes: o E (Envelope); N (Nucleocapsideo); RdRP (polimerase); e S (“Spike”). Esses quatro genes pertencem aos vírus, mas os três últimos são mais específicos, enquanto o E (Envelope) todos os membros da mesma família possuem, então, apenas com esse gene sozinho não teríamos a detecção confirmatória do quadro, precisamos de mais genes para garantir, e então um teste com quatro aumenta a eficácia do diagnóstico”.

Para finalizar, Doutor Adriano ressalta a importância da precisão do diagnóstico. “Pelas análises feitas das organizações mundiais, esse teste é praticamente 100% eficiente na amostra padrão de coleta mundial. Embora o sistema permita fazer um pouco mais rápido o processamento e o diagnóstico, evitamos, pois, a chance de invalidar as amostras é maior, bem como a possibilidade de resultados menos precisos para os pacientes, o que o Labchecap e nossa equipe não aceitaria fazer. O processamento do RNA é necessário para a segurança. Trabalhamos com um processo mais longo, só que mais seguro e, ainda assim, ele é liberado atualmente até às 23h do próximo dia útil”.

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