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HIV: É possível ter qualidade de vida

O último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids do Ministério da Saúde (2019) informa que no Brasil o diagnóstico da doença é de 43.941 novos casos para HIV e 37.161 casos de Aids...

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HIV: É possível ter qualidade de vida

O último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids do Ministério da Saúde (2019) informa que no Brasil o diagnóstico da doença é de 43.941 novos casos para HIV e 37.161 casos de Aids, com uma taxa de detecção de 17,8/100.000 habitantes (2018), totalizando, no período de 1980 a junho de 2019, 966.058 casos de Aids detectados no país. O órgão elucida que HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças.

A infectologista Giovanna Orrico (CRM 15112), esclarece que existe diferença entre HIV e Aids. “São estágios distintos da infecção. O paciente que já apresenta infecção oportunista como tuberculose, toxoplasmose, pneumocistose, tem níveis de CD4 abaixo de 200 e são considerados como tendo Aids”. O UNAIDS explica que HIV é um vírus que se espalha através de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico, conhecidas como células CD4, ou células T. Sem o tratamento antirretroviral, o HIV afeta e destrói essas células específicas do sistema imunológico e torna o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Quando isso acontece, a infecção por HIV leva à AIDS.

Impacto da pandemia no controle do HIV

De acordo com Dra. Giovanna, a pandemia impactou diretamente no seguimento dos pacientes com HIV /AIDS. “Existe receio da exposição aos centros de tratamento por parte dos pacientes e própria limitação ao acesso em alguns serviços. Além disso, observamos uma diminuição da adesão aos antirretrovirais, que ao longo da pandemia, foram sendo retomados pela população. A manutenção do tratamento e da supressão da carga viral são fundamentais para a estabilidade clínica deste grupo de pacientes”, informa a médica.

UNAIDS recomenda que, até que se saiba mais, as pessoas que vivem com HIV—especialmente aquelas com doenças avançadas ou com pouco controle do HIV— devem ser cautelosas e prestar atenção às medidas e recomendações de prevenção. Também é importante que tenham recargas suficiente de seus medicamentos para HIV, afim de continuar o tratamento por meses.

Doutora Giovanna Orrico afirma que é possível ter complicações. “Indivíduos com CD4 abaixo de 200 e com carga viral detectável, tem maior risco de complicação pela Covid-19. Os pacientes com estabilidade clínica e supressão virológica (carga viral indetectável), parecem ter risco semelhante à população geral para complicações decorrentes da infecção pela Covid-19”, elucida.

Vacinação em soropositivos

A imunização de soropositivos é fundamental para a prevenção de infecções oportunistas – como as citadas acima – e para o cuidado com a saúde. Entretanto, pessoas deste grupo ainda têm dúvidas sobre a segurança e a eficiência das vacinas. “Os pacientes HIV/ Aids devem ter recomendação de vacinação tão logo seu CD4 permita (idealmente acima de 350 céls/mm3 e tenham carga indetectável).

Em situações especiais, pode ser indicada vacinação com níveis mais baixos de CD4. Deve ser evitada imunização com vacina de vírus vivos nesta situação”, explica Dra. Giovanna. A SBIM – Sociedade Brasileira de Imunizações, informa em seu calendário de vacinação para pacientes especiais, o esquema de vacinação e as vacinas especialmente recomendadas como Influenza, Hepatite A e outras.

Avanço no tratamento e Prevenção

Doutora Giovanna informa que o tratamento deve ser iniciado tão logo detectada infecção.  “Ele se baseia no uso de antirretrovirais, com tripla terapia, buscando-se a indetectabilidade da carga viral e elevação do CD4. Além disto, é indicado uso de medicações profiláticas para infecções oportunistas até que o nível de CD4 seja acima de 200 de forma sustentada – acima de 6 meses”. A médica ressalta que atualmente as medicações tem menor número de cápsulas e menos efeitos colaterais. “Tratamentos já em andamento com medicação injetável com dose mensal ou trimestral, para melhor adesão”, afirma.

É possível manter a qualidade de vida? Sem dúvida! Com muito fervor, a médica nos responde que os pacientes que são aderentes ao acompanhamento e mantém uso de medicações de forma regular, conseguem ter uma boa qualidade de vida, mantendo suas atividades habituais. “Algumas recomendações devem ser seguidas, como evitar contato com alimentos crus, pessoas doentes ou aglomerações, até que tenha incremento nos níveis de CD4’, informa Dra. Giovanna.

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Há mais de 30 anos, a Assembleia Geral da ONU e a OMS instituíram o dia 01º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. “Esta data deve ser comemorada com muito entusiasmo, tendo em vista que houve um progresso muito grande no diagnóstico, seguimento e tratamento da AIDS”, apresenta Dra. Giovana, e completa. “Houve investimento importante em centros de tratamento, suporte e apoio ao paciente com infecção por HIV, incluindo a profilaxia pré e pós exposição liberada pelo Ministério da Saúde há algum tempo. Porém, temos que ressaltar, que muitas infecções ainda ocorrem diariamente no Brasil, o que leva a grande preocupação”.

A médica reforça ainda que apesar do grande investimento em melhorias de tratamento e qualidade de vida da população HIV, ainda não podemos falar em cura. Os cuidados precisam ser mantidos, como uso de preservativo e adesão às medidas de prevenção medicamentosas e não medicamentosas. “A Aids representa um grande desafio para a equipe de saúde por se tratar de uma doença com múltiplas formas de apresentação. É necessário alto índice de suspeição para que se faça o diagnóstico precocemente e inicie a terapia específica. Quanto mais cedo isso acontecer, maior o sucesso do tratamento. Vários estudos já demonstraram isso de forma muito expressiva. Fiquemos atentos e atuantes na prevenção! Esta ainda é a melhor estratégia!!!”, finaliza Dra. Giovanna Orrico.

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