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Cuidados com a pele no verão

Quando a estação do sol chega, é natural que as pessoas realizem mais atividades ao ar livre. A radiação solar nesta época do ano é mais intensa...

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Cuidados com a pele no verão

Quando a estação do sol chega, é natural que as pessoas realizem mais atividades ao ar livre. A radiação solar nesta época do ano é mais intensa, aumentando o risco de queimaduras, câncer de pele, entre outros problemas de saúde. Desta forma, os cuidados com a pele no verão devem ser redobrados. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente.

Em entrevista com a dermatologista Vitória Rêgo (CRM 9247), é nos explicado quais os cuidados básicos que devemos ter no verão, visto que a radiação ultravioleta é mais intensa, o calor é maior e consequentemente a nossa exposição é muito grande. “O protetor solar é um item quase obrigatório para a exposição com responsabilidade. Roupas leves, ingerir bastante água, comidas leves, óculos, guarda sol, camisas com proteção UV, são acessórios que nos ajudam a nos proteger das radiações mais intensas nessa época do ano”, afirma.

UV-A, UV-B e Luz Visível

De acordo com Dra. Vitória, alguns pacientes precisam usar filtro solar regularmente. “A luz visível está presente está presente em todos os ambientes, desta forma, quem tem manchas deve usar filtro solar mesmo dentro de casa. É importante que alguns pacientes com algumas patologias como melasma, mancha associada a gravidez, que use o protetor também dentro de suas residências. O mais importante é lembrar que quando for sair, se expor, usar filtro solar fator de proteção 30 no mínimo”, elucida a médica.

Doutora Vitória ainda esclarece sobre os tipos de radiação e horário de risco. “A radiação ultravioleta A é frequente da hora que o sol nasce até a hora que se põe, essa radiação bronzeia mais e queima menos, no entanto, não quer dizer que seja inofensiva. Ela também pode trazer consequências para a pele, como fotoenvelhecimento (envelhecimento causado pelo sol), presença de manchas e até rugas. Nessa época de tanta valorização à estética, a radiação ultravioleta em qualquer horário para nossa pele é muito maléfica. A radiação ultravioleta B, no horário de nove às três, é responsável pelo câncer de pele e queima mais”.

Os cuidados são os mesmos para o rosto, cabelos e corpo

A dermatologista explica que a diferença entre os cuidados com o corpo, rosto e cabelos, é o tipo de produto utilizado. “Como estamos numa exposição muito mais frequente de rosto, colo e braços ao sol, a proteção nessas áreas deve ser diária. Devemos usar regularmente o filtro solar, fator de proteção acima de 30. Atualmente a indústria farmacêutica disponibiliza muitas opções de filtro solar, com cor, sem cor, com texturas menos oleosas, mais fluidas pra pacientes com pele oleosa, em formas de bastão ou spray. Em suma, temos uma gama de produtos que todos os pacientes podem ter acesso a depender da sua comodidade e do seu tipo de pele”.

E ressalta que sempre as áreas que são mais expostas os cuidados devem ser diários. “As áreas cobertas lembrar sempre que se expor, usar filtro solar no corpo inteiro e deve ser reaplicado a cada uma ou duas horas, pois ele não dura. Por exemplo, quando entrar na água, ou passar toalha no corpo, tudo isso faz com que o filtro diminua sua capacidade de proteção, então todos esses cuidados devem ser observados”. Um outro zelo importante citado pela doutora, é lembrar sempre que ao voltar da praia, devemos evitar ficar com roupas úmidas, porque isso pode trazer outras consequências como infecções fúngicas por exemplo, principalmente nas crianças, e também evitar ficar muito tempo em contato com areia, por causa de fungos e outras infecções de pele.

Uso da máscara no verão

O item segue sendo obrigatório e indispensável, afinal de contas, a pandemia não acabou. Segundo a dermatologista, onde o uso for obrigatório, devemos sempre usar máscara, mas podemos fazer algumas mudanças na rotina para ajudar com a oleosidade. “Sabemos que se a gente fica com a pele muito tempo ocluída, principalmente se embaixo tiver um protetor ou um creme mais oleoso, temos mais chances de ter acne e de ter a pele mais oleosa. Então, devemos lembrar sempre de lavar o rosto, quem principalmente tem a pele oleosa, usar um sabonete que diminua a oleosidade, sempre que não tiver exposto em áreas que o uso de máscara é obrigatório (como em casa) evitar o uso de máscara o tempo todo, a não ser que esteja vivendo com outras pessoas”, afirma a médica.

Doutora Vitória esclarece ainda que os cuidados com a pele de homens e mulheres, são um pouco diferentes no rosto, porque por exemplo, os pacientes masculinos normalmente tem barba, e passam por mais processos inflamatórios, por conta da foliculite. “As mulheres não tem pele mais oleosa no rosto, não tem problemas com relação à pelo, embora algumas até tenham, mas é muito menos que o homem. Os cuidados devem ser os mesmos: uma boa higiene, lavar o rosto pelo menos duas vezes ao dia, uso de filtro solar fator de proteção 30 (mínimo) pela manhã principalmente em exposição. O uso de creme antioxidante a noite, vitamina C, ou creme com ácido hialurônico, devem ser usados apenas sobre prescrição médica, devidamente avaliado pelo dermatologista”.

A orientação da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da OMS (Organização Mundial de Saúde) no que diz respeito ao uso de máscaras, é que as cirúrgicas sejam usadas pelos seguintes grupos: trabalhadores de saúde; qualquer pessoa com sintomas sugestivos de COVID-19, incluindo sintomas leves; pessoas que cuidam de casos suspeitos ou confirmados fora das unidades de saúde. Máscaras cirúrgicas também são recomendadas para os seguintes grupos, quando estão em áreas de transmissão generalizada e não podem garantir uma distância de pelo menos 1 metro: pessoas com 60 anos ou mais; pessoas de qualquer idade com comorbidades de base, como doença cardiovascular ou diabetes. Já as máscaras de tecido caseiras podem ser usadas pelo público em geral com idade inferior a 60 anos e que não apresentem problemas de saúde subjacentes.

Doenças de pele mais comuns na estação do sol

As doenças de pele mais comuns no verão são as relacionadas à exposição ultravioleta. Doutora Vitória fala primeiro sobre as queimaduras solares. “Paciente que vai à praia e tem muito tempo que não toma sol por exemplo, e tem a pele muito branca, se expõe inadequadamente sem usar filtro, e outros, corre esse risco. Todos os tipos de pele estão sujeitos a alterações, e ao câncer de pele por exemplo. Mesmo os pacientes de pele negra devem também se proteger, pois a ponta da orelha, ponta do nariz, lábios, pode ter menos melanina, são áreas expostas ao sol, então todos os pacientes precisam se proteger das radiações ultravioletas”.

Em seguida, explica sobre queimaduras por frutas cítricas. “As queimaduras por frutas cítricas são muito comuns nessa época do ano, as pessoas pegam em limão, caju. Também tem a salsa, leite de plantas, que junto à exposição solar, podem provocar queimaduras e bolhas. Lavar sempre muito bem as mãos antes da exposição solar é importante”. E conclui explicando sobre outras patologias de pele comuns do verão. “Os dermatófitos, popularmente chamado de impinge, moram na areia da praia, ou de algum terreno, podendo transmitir micose de pele. O bicho geográfico chamado de larva migrans que também é uma infecção bastante comum nessa época do ano, em que as pessoas se expõem no contato com a areia, causado por fezes de animal”.

Câncer de pele não melanoma

Doutora Vitória Rêgo informa que o maior fator de risco para o câncer de pele não melanoma é a exposição à radiação ultravioleta. “O carcinoma basocelular é o carcinoma de pele mais comum, mais de 80% dos cânceres de pele é o basocelular, e é o principal fator desencadeante da radiação ultravioleta B e nos primeiros 20 anos de vida. Se você toma sol entre os 20 e 40 anos de vida você também terá risco, mas os primeiros 20 anos são fundamentais para você preparar sua pele. Para o câncer de pele que chama carcinoma espinocelular que é não melanoma também, são outros fatores além da exposição solar: queimaduras, tabagismo, além do histórico familiar que nos dois é importante”.

Em 2020, a estimativa de novos casos no Brasil é de 176.930, sendo 83.770 homens e 93.160 mulheres (2020 – INCA). Já o número de mortes no país é de 2.329, sendo 1.358 homens e 971 mulheres (2018 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM). Ainda segundo o Instituto Nacional de Câncer, deve-se suspeitar de qualquer mudança persistente na pele, seja o aparecimento de um nódulo, uma ferida que não cicatriza em até quatro semanas, uma mancha vermelha, um nódulo ou ferida que sangra ou forma crosta. Diante dessas lesões suspeitas, um especialista deve ser procurado para confirmação do diagnóstico e tratamento. Quanto mais precoce for sua identificação, melhores serão os resultados do tratamento.

O cuidado é fundamental em todas as idades

Todas as atividades ao ar livre você deve ter cuidado com a proteção da pele, não só na exposição solar, elucida Doutora Vitória Rêgo. “Se você vai fazer atividades recreativas lembrar sempre de botar um chapéu, um boné, óculos, lembrar que a radiação ultravioleta também ataca os olhos, pode dar alterações como catarata, por exemplo. Lembrar sempre de proteger as crianças, todos os problemas que a gente tem de pele relacionados ao sol começam com os 20 anos de vida, quando a gente se expõe muito”.

E complementa. “Temos que ter muito cuidado com as idades extremas, tanto as crianças como os idosos. As crianças têm uma superfície corporal menor, se ficarem muito tempo expostas ao sol poderão ter queimaduras, então lembrar sempre de proteger, colocar um boné, de deixar na sombra, lembrar que a água e a areia refletem radiação. Então, mesmo com o sombreiro, adultos e crianças estão expostos. Todos os cuidados são necessários: ingestão de bastante líquido, cuidado em local com muita areia, e outros. Para os idosos, eles têm uma pele mais frágil, acabam não ingerindo muita água, então ter cuidado quanto à desidratação no verão nessa faixa etária”.

Para finalizar, Doutora Vitória lembra que no verão os cuidados mais importantes com a pele são: beber bastante liquido, se proteger da radiação ultravioleta com o uso de óculos, filtro solar, blusa de manga comprida que ajudam principalmente nas crianças, comer bastante frutasalimentos leves e ter consciência da proteção com relação a exposição da radiação solar, para que a gente não sofra os processos imediatos como queimaduras, até os processos tardios como o câncer de pele que é causado pela exposição prolongada ao longo da vida ao sol e por queimaduras solares. “Devemos tomar sol com responsabilidade, devemos aproveitar a estação mais quente do ano, nosso litoral, mas temos que ter todos os cuidados para que a gente possa passar o verão e o resto da vida tranquilo”.

 

*Esta matéria não substitui uma avaliação médica. Para as devidas informações sobre saúde da pele, procure um dermatologista.

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