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17h04

Vacinação contra a covid-19 pode gerar alterações na mamografia

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De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a vacinação contra a Covid-19 tem gerado erros de interpretação nas mamografias em função do ocasional aumento de linfonodos (gânglios) no mesmo lado do braço que o indivíduo recebeu o imunizante, uma vez que esse aumento também poderia ser um sinal de câncer de mama.

Convidamos nossa especialista em radiologia mamária, Doutora Lucila Peixoto (CRM23436), para dar mais detalhes sobre o assunto. Segundo a médica, a vacina contra a Covid-19 gera uma resposta imunológica transitória e esperada do organismo e ela pode se apresentar como aumento dos linfonodos (gânglios) da axila.

“Parte das axilas são incluídas na mamografia, por isso, se houver linfonodos aumentados estes poderão ser visualizados. Outras causas também provocam aumento dos linfonodos axilares, por este motivo se torna muito importante que seja relatado em qual braço e quando foi aplicada a vacina no momento da realização dos exames das mamas”.

Tipo da vacina contra Covid-19 influencia nos exames de imagem

Segundo a especialista, algumas vacinas contra o coronavírus estão mais associadas a linfonomegalia axilar, como por exemplo as da Pfizer, AstraZeneca e Moderna, mas todas podem causar o aumento em graus diferentes.

“Além da mamografia, outros exames de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética incluem as axilas na avaliação, portanto as informações sobre lateralidade e quando foi aplicada a vacina são relevantes para o diagnóstico final”, informa a médica.

Com base na recomendação publicada pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), Sociedade Brasileira de Mastologia e FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, estudos demonstraram que das pacientes submetidas a vacina Moderna Covid-19, a linfonodopatia axilar foi a segunda reação local mais frequentemente relatada.

Já para a vacina Pfizer-BioNTech, a linfonodopatia axilar não constava na lista de efeito adverso, porém foi citada de forma espontânea em 64 casos no grupo que receberam a vacina em comparação a apenas 2 casos no grupo placebo, cerca de 2 a 4 dias após a vacinação, durando em média 10 dias.

Quando realizar a mamografia após vacinação contra a covid-19?

Doutora Lucila explica que a resposta imunológica desencadeada após a vacina contra a Covid-19 dura em média quatro semanas. “Com isso, se recomenda para as mulheres assintomáticas a realização dos exames das mamas um mês após a vacina. Mulheres que tenham qualquer sintoma mamário, deve procurar atendimento médico e realizar os exames de investigação independente da vacina”.

A médica completa informando que, caso a alteração causada pós-vacina permanecer, sugere-se procurar atendimento médico e se necessário prosseguir investigação diagnóstica. “Linfonodomegalia axilar unilateral até 4 semanas pós-vacina contra a Covid-19 possivelmente é reacional e deve-se aguardar a resposta imunológica regredir”, elucida Dra. Lucila.

A vacina contra a covid-19 não causa câncer de mama

A médica alerta para que as mulheres não deixem de tomar a vacina contra a Covid-19, nem de fazer o rastreamento mamográfico. “O câncer de mama ainda é o tipo que mais mata as mulheres, por isso a importância do rastreio na detecção precoce do tumor, com maior chance de cura, tratamentos menos agressivos e redução da mortalidade”, reforça.

Para finalizar, Doutora Lucila esclarece que mulheres a partir dos 40 anos devem fazer mamografia anualmente, conforme orientação das sociedades médicas. “Aquelas assintomáticas e que estão em dia no rastreamento, podem realizar a mamografia após 4 semanas da aplicação da vacina contra a Covid-19. Aquelas que apresentam qualquer alteração na mama (sintomáticas) devem realizar os exames indicados pelo médico independente da vacina contra a Covid-19”.

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